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Os caingangues, Kainguangs, kaingang, kanhgág, guainás, bugres, coroados, botocudos, camés ou xoclengues são um povo jê (um grupo linguístico de povos indígenas do Brasil). Sua língua, a língua caingangue, pertence à família linguística jê, a qual, por sua vez, pertence ao tronco linguístico macro-jê. Sua cultura desenvolveu-se à sombra dos pinheirais (Araucaria brasiliensis). Há pelo menos dois séculos, sua extensão territorial compreende a zona entre o Rio Tietê (São Paulo) e o rio Ijuí (nordeste do Rio Grande do Sul). No século XIX, seus domínios se estendiam para oeste, até San Pedro, na província argentina de Misiones.
Atualmente, os caingangues tem suas terras distribuídas em cerca de 300 áreas reduzidas, distribuídas sobre seu antigo território, nos estados de São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, no Brasil. Sua população é de aproximadamente 34 mil pessoas. Os caingangues estão entre os cinco povos indígenas mais numerosos no Brasil atualmente. Na literatura internacional, o termo "caingangues" tem designado o povo que, na literatura de língua portuguesa, é chamado "xoclengue" (que hoje se autodenominam laklãnõ). Os xoclengues foram descritos por Jules Henry (1941: Jungle People: A Kaingáng Tribe of the Highlands of Brazil), pesquisador que esteve entre eles no início da década de 1930, no leste de Santa Catarina. Por isso, o que se costuma referir na literatura internacional como característica da cultura caingangue é, na verdade, característica da cultura xoclengue, segundo a descrição de Jules Henry.
As formas aportuguesadas "caingangue" e "xoklengue" são menos comuns nas publicações antropológicas e etnográficas. Especialmente a partir de uma convenção elaborada pela 1a Reunião Brasileira de Antropologia, em 1953, os usos mais correntes são Kaingang, Xokleng, caigangues e kanhgág.